quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Música Amado



"Peço tanto a Deus para lhe esquecer, mas só de pedir me lembro."

Vanessa da Mata   
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Janela da Alma



Há olhos e olhares que conseguem dizer frases, contar segredos, transparecer.
Há determinados olhos que possuem além de palavras, um brilho. Algo do tipo que alguns traduziriam como verdade, felicidade, ou esperança.
Os olhos, chamados por alguns de “Janela da Alma”, têm um dom de transparecer a esperança. Já reparou como são diferentes os olhos de uma criança e de um adulto? Ou como muda o olhar de um adulto num instante de felicidade?
Os olhos entregam um mentiroso, o distraído, o triste. Poucos conseguem controlá-los com maestria. Poucos conseguem fazê-lo mentir. Pode parecer um tanto piegas, ou forçado. Mas eu olho nos olhos durante uma conversa. E nunca precisei dizer a frase tão clichê: “olha nos meus olhos”. Até porque, a fuga de um olhar ou um simples desvio, já diz muito.
Não tenho belos olhos. Em meus olhos não há perfeição. Pelo contrário, há marcas de um passado. Literalmente falando. Mesmo diante de um espelho não posso traduzir a mim mesmo. Será que meus olhos teriam algo a dizer que preciso saber? Ainda há esperanças nele? A janela pela qual vejo o mundo tem me mostrado tudo?


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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Socorro

Socorro! Não estou sentindo nada.
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar, nem pra rir.

Socorro! Alguma alma mesmo que penada, me empreste suas penas.
Já não sinto amor, nem dor, já não sinto nada.

Socorro! Alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha.
Por favor, uma emoção pequena, qualquer coisa.
Qualquer coisa que se sinta.
Tem tantos sentimentos, deve ter algum que sirva.

Socorro! Alguma rua que me dê sentido.
Em qualquer cruzamento, acostamento, encruzilhada.
Socorro! Eu já não sinto nada...

Musicas para ouvir online

Música: Socorro! Intérprete: Arnaldo Antunes Composição: Arnaldo Antunes e Alice Ruiz .


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Max Lucado


"A mudança sempre trás medo antes de produzir fé."

                                                                                                  Livro Seu nome é Jesus

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Invisibilidade

         

            Esta semana fui com meu irmão na faculdade em que ele estuda. Eu estava num ambiente teoricamente reconhecível. Uma universidade. Já estive em uma, o ambiente me é familiar.
            Livros, passos apressados de alguns, sorrisos e cochichos de outros. Pessoas vivas, ávidas pelo saber, pelo novo, por mudança, por um futuro. Uma tribo enorme, cheia de divisões intelectuais, tendo em comum o fato de serem estudantes, meros aprendizes.
            Fechei os olhos, respirei fundo e busquei na memória boas lembranças, vozes conhecidas... mas só consegui me sentir invisível. Meu irmão estava em sua sala de aula onde fazia uma prova; vim apenas como companhia (ele não gosta de dirigir desacompanhado).
            Enquanto eu estava sentado muitos passavam, poucos sequer olhavam. E os que assim fizeram, fizeram com estranheza. Pareço um intruso, e acabo me sentindo como tal.
           O ambiente é familiar, mas faltam amigos e uma escada. Será que os alunos pediriam escadas se soubessem o quanto estão perdendo? Não sei... só consigo ficar triste.
           Pobres alunos da universidade sem escadas!

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