terça-feira, 6 de setembro de 2011

Sem rumo

          Hoje, como em outros dias já fiz, fui ao centro da cidade. Só que desta vez fui à pé.
          Na ida e durante todo momento de ocupação nada saiu do habitual. Era um dia como qualquer outro. A volta pra casa é que sucedeu algo que à muito tempo não me acontecia. Coloquei os fones de ouvido e saí caminhando, caminhando, e caminhando.
          Caminhei sem estar concentrado na música, sem estar focado num único pensamento, sem pesares ou preocupações. Apenas caminhava. Quando já estava chegando próximo a minha casa, parei. Não sabia pra onde queria ir, ou pior, não tinha pra onde ir. Só sabia que não queria voltar pra casa. Já se passava da 19:00, e sabia onde eu estaria neste horário em outros dias, mas hoje sentí que a minha casa era um lugar onde não queria entrar.
          Não que haja problemas, nem nada demais em casa. Apenas havia nela tudo, menos o que eu mais queria. Diante disto, dei meia volta e voltei a caminhar, lentamente, sem rumo, sem um por quê. A mente continuava sem um pensamento principal, porém, desta vez havia um turbilhão de pensamentos e porquês que angustiava.
          Quando percebí que não tinha onde ir de fato, resolví aceitar o inevitável e retornar para casa. Onde fui recebído por alguém que, com a alegria costumeira me fêz esquecer (ou quase), tudo o que eu estava pensando. Meu fiel e companheiro Zeuz, meu cachorro.


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Um comentário:

Edu Rogerio ... disse...

Queria, que vc estive com nos, principalmente comigo, minhas noites deixaram de ter um sentido, antes eu tinha com quem reclamar, com quem filosofar, de quem tomar puxão de orelha, e eu gosto tanto disto ...
vc faz falta, queria pelo menos sua amizade pra sempre, vc deve isto a nos ...

sem vc nada seriamos e vc sabe o que me refiro ...