quarta-feira, 25 de outubro de 2017

A espera de um milagre

O título acima remete de imediato a um filme norte-americano que conta a história de um homem que se encontra no corredor da morte, o milagre almejado do título trata-se de um possível perdão que só pode ser concedido pelo governador do estado, que é quem pode anular a sentença de morte.

No Brasil parece que estamos a espera de 2018, que pode a depender dos resultados ser uma nova sentença de morte a nosso país. Mas estamos a esperar um milagre. Temos uma esperança quase utópica de que através da democracia venceremos este câncer (ou seriam parasitas?), que se apoderou da política nacional. Os políticos nem se dão ao trabalho de combinar respostas, fingir interesses na população. Estão agarrados aos ossos da máquina pública que mesmos gastos e desgastados ainda é atrativo aos olhos e apetitosos aos bolsos. Pedem cargos em trocas de favores, que sempre são cobrados, e quase sempre é a população quem paga. Votos que podem abrir investigações ou cassar mandatos são trocados por ministérios, pastas, conselhos. Seus nomes apesar de circularem livres pelos jornais, fixam na mente das pessoas, e nem sempre pelo motivo certo. E lá se vai nas campanhas dizer: o meu nome você conhece! Mesmo com tanta exposição midiática ainda precisam que se gaste milhões em campanhas.Notícias se tornam palanques onde eles já de olho nos votos de 2018 já usam de discursos que se utilizam das mesmas palavras que estão ganhando as ruas. Já sabem o que as pessoas querem ouvir, alguns discursos estão bem alinhados com os anseios da população. Mas toda e qualquer palavra já é eleitoreira, porque os que ainda estão lá nada estão fazendo para mostrar que realmente têm a intenção de mudar. Partidos estão mudando de nome para se aproveitar dos menos informados ou dos mais desinteressados.
Enquanto tudo isso ocorre, o povo já se cansou de ir pras ruas. Primeiro porque de modo muito sábio os políticos tornaram toda uma história de que é nós contra eles, que é ideal pobre contra ideal de rico. Que é libertários contra a sagrada família. Que é empresários contra trabalhador. No fim eles continuam a não fazer nada a respeito, salvando uns aos outros e muitos ainda acreditando e tendo a certeza de 2018 eles estarão de volta. Toda e qualquer notícia hoje que circula sobre os políticos já é propaganda eleitoral, eles sabem que o povo está cansado de ir para as ruas, mas eles se valem de discursos vazios e ataques precisos contra idéias e ideais, sabendo que o povo vão brigar entre si por assuntos "polêmicos" de forma tão fervorosa quanto torcedores de times de futebol. Salários de jogadores que embora milionários vem de modo lícito, já pode se comparar a roubos milionários praticado por políticos. Discutimos política como quem discute futebol. Só quero ressaltar que as taças não vão para as mão do povo. Ficam guardados sobre posse dos times. Na política partidos até podem se comportar como times, tendo torcedores fanáticos em suas defesas. Mas enquanto gritamos como cães raivosos em defesa de uma direita, esquerda ou seja lá o que você defende, estes "jogadores" e confesso que alguns são jogadores de habilidades surpreendentes, não nos dá sequer o mínimo de alegria.

Continuo a espera de um milagre, que "times"/partidos grandes possam cair através dos votos, que possamos cobrar deles mudanças de presidente de partidos, a "jogadores" que pouco tem se destacado. Que venha 2018, só espero não estar no corredor da morte, a espera de um milagre.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Jean Cocteau



"Não sabendo que era impossível, foi lá e fêz."

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Sem saber que era impossível ele foi lá e fêz!


Agora sequer me recordo quem foi que disse isso, mas tem certas coisas que não fazemos, as vezes não porque nos seja impossível de fazer, é que muitas vezes e na maioria das vezes, sequer sabemos que podemos fazer algo. Em nosso dia a dia há diversas atitudes que nos propicia fazer coisas que pra alguns chega parecer loucura ou coisas impossíveis de se fazer.
Eu tenho um hábito muito simples e diário de sair para dar uma caminhada e pensar todos os dias, religiosamente, e repetidamente. E nestas caminhadas também religiosamente e repetidamente eu paro num determinado lugar do caminho e fico olhando pro céu. Se tornou um hábito. Olho para o céu, fico sempre maravilhado com o que vejo, e me deixa muito feliz quando além de bem iluminada pela lua, há também algumas nuvens, porque assim dá uma noção de distância que você ficará impressionado... Nosso "teto" é baixinho... E o universo é gigante... Nem precisa de uma luneta pra ter noção disso. Passado esse encantamento que juro, é diário, me maravilho todos os dias, eu começo a conversar com alguém que eu chamo de Deus. E faço isso religiosamente, e repetidamente, todos os dias. E isso me alegra todos os dias religiosamente e repetidamente, e isto me acalma também todos os dias, religiosamente e repetidamente. Ou seja, eu estou alegre e calmo praticamente todos os dias. E o engraçado é que as vezes quando estou andando olhando pro céu no meio da rua isso de certa forma acaba que faz de você um louco, esquisito,  retardado chegaria a dizer alguns, estranho... E não sou eu dizendo isso, são os olhos de quem passa por mim e faz aquela cara interrogativa como quem pergunta qq coisa! Eu não sabia que era impossível uma pessoa andar e ficar olhando pro céu enquanto anda... Fico me sentindo meio que quase um mutante por possuir tal habilidade. Deve ser coisa de prodígio. Mas eu não sabia que era impossível e fui lá e fiz!
Tem um monte de coisas que eu posso fazer todos os dias  religiosamente e repetidamente que podem fazer toda diferença, se não na sua vida na vida de outros. Pequenas atitudes diárias de respeito, gentileza, educação, respirar mais fundo, se colocar no lugar do outro, ouvir mais, agradecer mais,  estar presente e atento ao momento presente, sem estar ao celular o tempo todo, atualizado o tempo todo do que é digital e desatualizado na mesma proporção para tudo o que está acontecendo em volta. Leia mais, se evangélico leia a bíblia, vai descobrir que há muito mais escrito do que é dito nas pregações, não dá tempo de falar tudo o que tá escrito só nas pregações, tem mais um monte de coisa que tá lá... Se não for evangélico leia algo de seu interesse, seja qual for a leitura, e até mesmo gibi vale, ler te dá novas palavras que vai fazer com que você consiga fazer as perguntas de modo mais completos com você dizendo ou perguntando exatamente o que quer, sem ficar uma palavra entalada na garganta, sai tudo... Tudo vira palavra e as conversas ficam mais gostosas, porque aí vai ter muito mais pra contar e dividir, e conhecer, sejam histórias, sejam pessoas, sejam pessoas com suas histórias e aí tudo fica mais fácil, as palavras te representam e até mesmo por isso conhecê-las melhor faz com que você as utilize melhor, inclusive entendendo que você pensa com palavras, mas pensamento é só algo que ainda está na sua mente. Ao falar vira palavra que assim como escrita ou tuitada/publicada nem mesmo estas agora voltam atrás.

Como dizia no meio do texto... Algumas atitudes diárias feitas religiosamente e repetidamente pode mudar quem você é, resta saber porque procrastinamos a mudança todos os dias, religiosamente e repetidamente. 

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Mário de Andrade




"Passado é lição para refletir, não para repetir"



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A menor distância entre dois pontos é uma reta, Ou Não!


Uma máxima da matemática que é simples, mas que devido a tanto desinteresse nos estudos, escola e professores demorei um certo tempo para entender. Nunca fui um bom aluno, sempre me esforcei o mínimo para não ficar para trás e não ter de repetir tudo novamente. estudar era massante e desinteressante. Me interessava mais pela minha vida do que pelo período escolar que não foi fácil. Não por conta do que hoje se chama bullying, nunca tive este problema. Era reservado demais até mesmo para ser notado, ainda bem.
Mas falando dos dois pontos, ou a reta, esta afirmação só é valida quando estamos falando de geometria plana pois quando se trata de um espaço tridimensional a menor distância entre dois pontos pode ser uma curva, isso mesmo, uma curva, mas não me atrevo a explicar o porquê disso. Ou seja, até mesmo diante das exatas (ciências exatas) podemos aplicar aquele jargão bem de Humanas: OU NÃO.
Pouco queria saber do que a escola podia me ensinar e quase nada aprendia do que a vida queria me ensinar. Estava inerte a ambos. Pensava em demasia e a lugar algum ou conclusão alguma chegava. Certo dia fazendo um trajeto que acreditem, todos os dias eu fazia, estávamos eu e alguém que sequer me recordo quem fosse seguíamos em direção ao centro da cidade. Eu resolvi como de costume cortar o caminho, e como havia chovido naquele dia quem me acompanhava tentou me convencer de que que seria mais acertado seguir o trajeto que estávamos fazendo, e quando me dei conta para convencer o acompanhante de que eu estava certo bradei: a menor distância entre dois pontos é uma reta, será mais rápido por aqui. Assim que falei me veio aquele sentimento de Eureca que tão poucas vezes se repetiu em minha vida. Mas o OU NÃO estava no caminho para me passar a perna, afinal devido o caminho ser de barro e os All Star da vida foram traiçoeiros e me levaram ao chão.
A menor distância foi motivo de chacota, roupa suja e mal humor. No dia que resolvi confiar na matemática fui traído pelas ciências naturais, afinal havia chovido. Mais do que nunca a matemática não era amiga e nem confiável. A solução da questão matemática estava em meu caminho o tempo todo só enxerguei quando conveio.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Este foi o ano em que menos pensei.
Fui impulsivo e espontâneo diante de quase todos os eventos acontecidos em minha vida.
Não teve pensar em prós e contras, não teve contra-indicações, não teve tempo ou sequer espaço para medo.
Teve muuuitos sim, em momentos inclusives em que o não seria o mais prudente e sensato a ser feito. Mas valeu tanto a pena.
Houve muuuitos aprendizados, novas certezas, novas visões e tantas outras mais conclusões.
Foi o ano tão de viver e não de pensar em como viver. E valeu tanto a pena! Foi o ano que finalizando não deixa espaço para arrependimentos nem lamurias...

Sem mais só me resta dizer o clichê: Feliz Ano Novo!!!

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Procastinação

         


Visualmente é um palavrão, auditivamente é quase ofensivo, pecaminoso e dependendo do modo e da frequência em que este ato surgi em sua vida pode ser interpretada das três maneiras.
          Procastinar é a "arte" de adiar coisas e fatos; ir deixando pra depois aquele algo que pode ser feito hoje e que quando se adia demais a urgência do fazer vai se tornando necessidade, até virar algo não feito, e se tornar um problema.
          Tenho procastinado tantas coisas que tenho mais problemas do que deveria ter. Escrever aqui é uma coisa que adio quase todas as noites. Chego a elaborar textos, temas e  tudo mais, mas algo que ainda não identifiquei em mim não me permite teclar, dar continuidade. Vem aquela pergunta, porque? Pra quê? Pra quem? E na ausência de uma resposta convincente deixo pra lá, pra depois...
          Sempre que adio algo ouço quase como que um fantasma de meu pai dizendo uma frase que ele disse certa vez: não basta ser alguém de iniciativa, tem que ter também acabativa. O que me leva por associação a ele, me lembrar de uma frase de uma música da banda Kid Abelha (banda a qual ele gosta de ouvir), que diz: vou errando enquanto o tempo me deixar. E esta justifica parece responder no momento o que sinto e penso.
          Sei que adiar não é a melhor maneira. Sei que me prejudica, e que sou o único prejudicado. Mas fico me perguntando... Se eu começar a realizar as coisas, e não tiver mais o que fazer o que acontece?
          E você, tem procastinado muito? Chega a ser pecado? Te faz bem achar que tem ou está ao seu modo no controle? Ou você é daquele que não deixa para amanhã o que pode ser feito hoje?

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

N Ã O

          Não, é uma palavra que costumo não pronunciar. Não com certa facilidade; muito pelo contrário, sempre que o não se faz necessário, sai com um pesar de que ainda assim poderia não dizê-lo.
          Mas esta "dificuldade" não surge por o não se tratar de uma palavra tida como negativa ou que eu não a use por não ser uma pessoa negativa. Sou uma pessoa inclusive com uma visão acinzentada da vida, negativismo não chega ser um problema pra mim.
          O problema com o não está mais ligado a minha "bondade", ou me corrigindo, ao meu esforço de não ser desagradável, ou como queiram entender outros, pela minha necessidade de aceitação. Sei que há um problema, só não sei bem ao certo como mudá-lo ou sequer se devo mudar isto em mim.
          O não sempre sai com uma perfeita entonação quando eu tenho de fazer uma recusa, mas a costumeira recusa de educação: Não, obrigado! De alguma forma o sim sempre foi predominante em minha vida. É mais fácil ser condescendente e ter a volta de si pessoas que te ache "agradável".
          Por mais que de minha parte haja mais sims do que não, não me iludo acreditando que esta agradabilidade possa ser traduzida em fidelidade, companheirismo. Sigo minha vida lidando com as consequências dos sims e com os devaneios desdobramentos de um possível não; estes ficam neste campo das hipóteses mesmo. Quem sabe um dia eles não adotem asas e adquiram vontade própria e saiam de mim de forma tão natural que sequer os sinta saindo, tal qual um exorcismo bem sucedido.


P.S.: Foi utilizado neste texto 20 vezes a palavra NÃO, incluindo seu título.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Nostalgia

                     

RE

REfleti, e REvi.
REsolvi REcomeçar o que deixei pra trás.
Mas não pra fazer de novo; apenas REtomar mesmo. Como se o tempo passado não tivesse uma representatividade neste universo imaterial.
REcomeçar num sentido de continuar... REtorno novamente ao baú de palavras que me inquietam e pedem pra sair, REspirar ar puro.
REsolvi ceder aos desejos dos pensamentos e transmutá-los em palavras,
Claro que não todos (pois me REservo o direito de ter segredos), mas todo pensamento que achar válido de uma REflexão externa.

REintero minhas palavras REafirmando que não pretendo efetuar mudanças ou dar muitas explicações (mais do que já estou dando). Mas continuar como se nada tivesse acontecido.


P.S. Me desculpem pelo abuso dos RE's...  é mais forte que eu... rs